Com a chegada do verão, aumenta o tempo passado ao ar livre, seja em lazer ou em contexto laboral. A exposição solar excessiva, especialmente entre as 11h e as 17h, representa um risco real para a saúde da pele, sendo fundamental adotar medidas preventivas eficazes para evitar lesões cutâneas e doenças mais graves, como o cancro da pele.
A radiação ultravioleta (UV) é a principal responsável pelos danos provocados na pele. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição prolongada aos raios UV pode causar envelhecimento precoce, queimaduras solares, alterações imunológicas e mutações celulares associadas ao desenvolvimento de melanomas e outros tipos de cancro cutâneo (WHO, 2023).
Em contexto de trabalho, especialmente em atividades ao ar livre como construção civil, agricultura ou vigilância, a exposição solar contínua deve ser considerada um risco profissional. A legislação nacional e europeia reconhece esta exposição como um fator de risco ocupacional, exigindo medidas de prevenção por parte das entidades empregadoras (Diretiva 2006/25/CE).
Entre as boas práticas recomendadas incluem-se:
- Aplicação diária de protetor solar com fator de proteção igual ou superior a 30, reaplicado de 2 em 2 horas.
- Utilização de vestuário leve mas protetor (camisas de manga comprida, chapéus de abas largas e óculos com proteção UV).
- Disponibilização de zonas de sombra nos locais de trabalho.
- Planeamento das tarefas mais exigentes para horários com menor índice UV.
A American Academy of Dermatology (2024) salienta que a proteção solar regular pode reduzir em até 50% o risco de desenvolvimento de cancro de pele. Para além disso, promover campanhas de sensibilização dentro das empresas é essencial para aumentar a adesão dos trabalhadores a estas medidas preventivas.
A saúde ocupacional deve considerar a pele como um órgão vital de proteção e comunicação com o meio externo. Investir na prevenção dos efeitos da radiação UV é garantir bem-estar, produtividade e segurança a longo prazo.