O radão é um gás radiativo de origem natural, incolor e sem cheiro, proveniente do decaimento do urânio presente nas rochas e solos, que se acumula em espaços fechados, como edifícios, minas e subterrâneos.
Este gás encontra-se presente principalmente em regiões graníticas, tornando Portugal um dos países europeus com maior risco de exposição.
Deste modo, a exposição ao radão tem vindo a gerar crescente preocupação a nível de saúde pública, já que a sua inalação constitui a maior fonte de exposição à radiação ionizante, representando mais de 40% da dose efetiva de radiação recebida pela população.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que a exposição ao radão seja responsável por 3% a 14% dos casos de cancro do pulmão a nível mundial. A nível europeu, este valor aumenta, estimando-se que 9% das mortes por cancro do pulmão se devam à exposição ao radão. Para além disto, as estatísticas revelam que o radão é a segunda principal causa de cancro do pulmão e a principal causa em trabalhadores não fumadores.
Tendo em vista a segurança e a saúde dos trabalhadores e de acordo com o Decreto-Lei nº 108/2018, de 3 de Dezembro, a realização de medições e monitorização periódica ao Radão é essencial nos locais de trabalho, uma vez que permite identificar e controlar a exposição a que os trabalhadores se encontram sujeitos e, desta forma, prevenir as consequências provenientes deste agente químico.
Com o intuito de consciencializar a comunidade para os riscos que este agente acarreta, bem como para as medidas preventivas a adotar, a European Radon Association (ERA) assinala, a 7 de novembro, o Dia Internacional do Radão.
Fontes: Agência Portuguesa do Ambiente; Decreto-Lei n.º 108/2018, de 3 de dezembro;

